terça-feira, 21 de abril de 2009

lá vem o sol, tchurururu

É moçada... os dias estão mais azuis..
Mas a medida que Paris se rende ao sol, ando meio rendida à solidão. Brasil faz falta... e muita.
Acho que pensar que ontem foi aniversário da minha sobrinha e ouvir ela me perguntando que hora eu ia chegar me abalaram mais que eu podia imaginar.
Coisa de doido a saudade que ando sentindo, mas acho que é normal né.. 6 meses longe de casa, sem sentir o cheiro da família, é complicado. Minha tia está vindo em 15 dias dar uma movimentada nas coisas aqui, mas por mais que seja gêmea da minha mãe, cada uma tem seu cheiro né, e cheiro de mãe preenche o coração.
Ontem sai pra ir estudar e adivinha? Tentei duas bibliotecas e nao consegui ler nenhuma linha sequer em nenhuma das duas.. cabeça longe, acho que tentando achar o caminho onde o coração queria ir, mas não deu. Acabei voltando para casa pouco depois de sair, mas pelo menos me rendeu uma música nova..kkk.
hoje sai cedo pra ver se conseguia achar um livro em uma biblioteca aqui pra fazer a apresentação de terça, estava tao longe essa apresentação e já chegou e como sempre, nada está preparado. Bom, achei o livro.. ainda não consigo entender pq eu tenho que falar de uma lei que não tem menor efeito, nao tem a menor aplicação. Vou apresentar junto com o Eduardo sobre a tal Lei Taubira.. uma lei que prevê como crime penal a escravidão que já passou... OI né.. pra que isso???
Tipo, diz qúe é uma lei de efeito psicológico, eu é que não vou tentar argumentar com isso. Vamos la pagar o mico leão dourado né...
Bom, mas achei o livro la em Saint Germain des Près, e tinha que esperar 45 minutos pra biblioteca me entregar ele, ai sai batendo perna. Lembrei de uma loja que tem uns sapatos super legais.. pois é, o mais barato custa 100 euros.. ou seja, não é uma loja para minha humilde pessoa desempregada né. Fui me atrever a olhar vitrines.. nada menos de 100 , acho que aquele não é um bairro para pobres mortais não.. mas enfim, achei uma pracinha, e fiquei lá em um banco esperando tempo passar lendo um livrinho que to adorando, chama Et Après, e diz que tem até um filme dele, mas ainda nao consegui baixar, logeco né.
Livro na mochila, dei de cara ( na verdade procurei e sabia onde tinha) com o Mac e me rendi ao sanduba como almoço.. ai descobri que estava com sono.. mesmo achando um disperdício eu voltar pra casa em um dia tão bonito, resolvi voltar assim mesmo , pq as vezes quem sabe, eu leio o artigo que me interessa da tal da lei, e ja vou preparando o que falar né. Vamos ver como o dia termina.
Pensei muito sobre o meu ultimo post de voltar pra casa.. e acho que é uma ideia que tem me agradado, apesar que aqui,quando estou na rua sinto que quero ficar aqui mais uns 500 anos... mas como diria Marisa Monte, solidão é lava, que cobre tudo ( não sei se essa musica é dela, mas fica sendo) então nesses lindos dias de sol, e de franca TPM, Paris tem perdido o jogo pra saudade.
Ontem eu encontrei com o Rodrigo, ja ia me esquecendo. Um cara super astral que é de BH, fotografo e está aqui preparando um livro de fotos. Passeamos pelo Marais, e depois sentamos pra ouvir um pessoal tocando na rua e tomar um chop, que logicamente se transformaram em 2, e levando -se em consideração que cada copo tinha 500 ml... 1 litrim de chop pra cada. Mas foi muito gostoso.
Hoje meus braços viram o sol pela primeira vez.. é.. os bracim da pessoa aqui andaram pela primeira vez a mostra desde que estou aqui. Já pensou nisso, em 6 meses a pessoa colocou o braço pra fora da blusa 1 vez!!! Isso quer dizer que as coisas estao melhorando muito mesmo, pq eu estava com um casado fino do Brasil e um camiseta de manga curta e deu pra tirar o casaco ( só nao rola de ficar na sombra) mas ta otemo já.
Bom vamos ver o final do filmim de hj..

Um comentário:

Anônimo disse...

Ando so, pois so eu sei aonde ir , por onde andei, ando so.... nem sei porque... so me pergunte o que eu nao sei, pergunte ao po, desça ao porao, siga aquele carro, ou as pegadas que eu deixei pergunte ao po, por onde andei